18 de março de 2025

A Casa de Pau-a-Pique Em São José do Turvo 

Na entrada da estrada, no rumo da Califórnia, 

Ergue-se em silêncio a velha morada, 

De pau-a-pique, barro e lembrança, 

Guardando memórias de gente passada. 

Ali, famílias teceram seus dias, 

Risos e preces no alvorecer, 

Sonhos bordados em paredes frágeis, 

Histórias que o tempo tenta esquecer. 

As paredes rachadas, agora cansadas, 

Sussurram segredos do ontem vivido, 

Mistérios do Turvo, contos guardados, 

Em cada fresta, um passado escondido. 

Mas o tempo é implacável, traz o abandono, 

A casa, aos poucos, se entrega ao chão, 

Levando com ela um pedaço do povo, 

Da cultura, do sangue, do coração. 

Oh, Barra do Piraí, ouça este clamor: 

Não deixem ruir o que nos faz ser, 

Pois cada parede, cada dor, 

É parte da história que deve viver. 

Preservem a casa, símbolo e raiz, 

Tesouro de um tempo que o vento levou. 

Que o futuro conheça, que o presente valorize 

O mistério e a história que ali ficou. 

Se o barro cair, que reste o legado, 

A memória viva do que fomos um dia. 

A velha casa de pau-a-pique é patrimônio, 

É cultura, é vida, é nossa poesia. 

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