Na manhã desta quinta-feira, 18 de julho de 2025, o ex-presidente Jair Bolsonaro foi alvo de mandado de busca e apreensão cumprido pela Polícia Federal. A operação, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), faz parte das investigações que apuram a tentativa de golpe de Estado e a atuação de uma organização criminosa que, segundo as autoridades, teria atuado para deslegitimar o sistema eleitoral brasileiro e interferir no resultado das eleições de 2022.
Os agentes da PF cumpriram o mandado na residência de Bolsonaro em Brasília. Documentos, aparelhos eletrônicos e outros materiais de interesse da investigação foram apreendidos. De acordo com fontes ligadas à operação, os investigadores buscam novos elementos que reforcem a participação direta do ex-presidente na articulação de ações ilegais contra a democracia e nas tentativas de desacreditar as instituições do país.
A defesa de Bolsonaro ainda não se pronunciou oficialmente, mas aliados do ex-presidente já classificam a ação como “perseguição política”. No entanto, membros do Supremo e da Procuradoria-Geral da República destacam que os mandados foram emitidos com base em “elementos robustos” reunidos ao longo de meses de investigação.
A operação desta quinta-feira é mais um desdobramento da chamada “Operação Tempus Veritatis”, que desde o início do ano já levou à prisão ex-ministros, militares e assessores próximos do ex-presidente. O cenário político se aquece ainda mais com o avanço das investigações e o cerco jurídico que se fecha em torno de Bolsonaro, que já teve seus direitos políticos suspensos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
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