
Vivemos tempos sombrios, onde o sentido mais puro da solidariedade parece ter sido esquecido. Passamos por pessoas em situação de rua como se fossem invisíveis, como se fossem parte da paisagem urbana, ou pior, como se fossem lixo deixado nas calçadas. Ignoramos pedidos de socorro, desviamos o olhar diante de um deficiente que precisa de ajuda para atravessar a rua, fingimos não ouvir o clamor daqueles que caíram nas armadilhas do vício — seja em drogas lícitas ou ilícitas.
Marginalizamos quem já está à margem.
Temos medo de dar um testemunho verdadeiro para proteger a justiça, caso isso incomode alguém com maior poder aquisitivo. Somos rápidos para julgar, mas lentos para estender a mão. A fome, a miséria, a tristeza do outro — tudo isso parece não nos tocar mais. E, o mais alarmante: até os laços familiares estão sendo quebrados diante da desgraça. Parentes se afastam de quem sofre, como se dor fosse contagiosa.
O que está acontecendo com a humanidade? Estamos todos doentes? De onde vem essa frieza que congela nossos corações?
É hora de parar. Respirar. Refletir.
Cada um de nós precisa olhar para dentro de si e se perguntar com sinceridade:
“O que é que estamos fazendo?”
Talvez, nessa resposta, esteja o início de uma mudança que o mundo tanto precisa.
About The Author
Ronaldo José
Como jornalista, minha paixão pela informação e comunicação moldou minha trajetória profissional. Dedico-me ardentemente a levar notícias de forma ágil e precisa, sem comprometer a imparcialidade.
Ronaldo José-JORNALISTA:
Registro-0041725/RJ