Após 50 dias de um clima cada vez mais tenso, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), e seu vice, Thiago Pampolha (MDB), colocaram um ponto final na parceria política nesta segunda-feira (4). A reunião no Palácio Guanabara oficializou o rompimento, que teve como pano de fundo uma série de desavenças, incluindo troca de partido, disputa pela sucessão estadual, interferência de caciques do MDB, o carnaval carioca e até mesmo as fortes chuvas que castigaram o estado.
Briga de bastidores:
A crise entre os antigos aliados se intensificou após a mudança de Pampolha do União Brasil para o MDB, contrariando a vontade de Castro. O governador, que busca a reeleição, pretendia que o vice permanecesse no União Brasil para fortalecer sua base de apoio. A decisão de Pampolha, por outro lado, foi vista como um aceno ao grupo do ex-governador Sérgio Cabral, com quem Castro mantém uma relação conflituosa.
Sucessão e carnaval:
Outro ponto de atrito foi a disputa pela sucessão estadual. Pampolha demonstrava interesse em disputar o governo do Rio, o que gerou incômodo em Castro, que ainda não definiu se irá buscar a reeleição. Além disso, a gestão do carnaval carioca também contribuiu para o desgaste da relação. O vice-governador se aproximou de figuras do mundo do samba, enquanto Castro se distanciou da folia, focando em questões de segurança.
Chuvas e críticas:
As fortes chuvas que atingiram o estado recentemente também alimentaram as críticas ao governo. Pampolha chegou a pedir a exoneração do secretário estadual de Defesa Civil, Bruno Dauaire, aliado de Castro. A discordância pública sobre a gestão da crise climática evidenciou a fragilidade da parceria.
Futuro incerto:
Com o rompimento oficializado, Pampolha deve ser demitido da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Esporte e Lazer nesta terça-feira (5). O futuro político de ambos ainda é incerto. Castro terá que lidar com a perda de um aliado importante em um momento crucial de seu mandato, enquanto Pampolha buscará se reposicionar no cenário político fluminense.
O que esperar:
O fim da parceria entre Castro e Pampolha abre um novo capítulo na política do Rio de Janeiro. O clima de “climão” que pairava sobre o governo agora se transforma em uma disputa aberta, com reflexos diretos na corrida eleitoral de 2024. A expectativa é que os próximos meses sejam marcados por novos embates e indefinições no cenário político fluminense.
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Ronaldo José
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