
Nos últimos dias, um sinal de alerta ecoa por toda a sociedade: o crescimento alarmante do consumo de drogas, tanto lícitas quanto ilícitas. O uso desenfreado de substâncias como álcool, medicamentos controlados e entorpecentes ilegais tem se tornado uma preocupação crescente, com impactos sérios na saúde pública, na segurança e no tecido familiar.
A realidade clama por uma atitude coletiva e imediata. É urgente fortalecer as políticas de prevenção, ampliar o acesso a tratamentos adequados e promover a conscientização sobre os perigos das drogas, direcionando esforços especialmente para os jovens, parcela da população mais vulnerável a esse flagelo. Ignorar essa escalada é permitir que a situação se agrave ainda mais, com consequências nefastas para toda a comunidade. A hora é de agir com responsabilidade e união, demandando políticas públicas mais assertivas e eficazes para coibir esse crescimento preocupante.
É fundamental refletir sobre a questão das drogas, observando atentamente iniciativas que demonstraram resultados positivos em seus primórdios. As clínicas populares, como a pioneira Clínica Michele de Moraes em Santa Cruz, seguida por Ricardo Iberê Gilson em Barão de Juparanã e Nise da Silveira em Barra Mansa e outras, representaram um caminho promissor no acolhimento e tratamento de dependentes químicos. Infelizmente, esses projetos valiosos foram, em grande parte, desmantelados pela politização que tomou conta da gestão pública.

Outra questão delicada que merece atenção é a tentativa de afastar a espiritualidade das Comunidades Terapêuticas. Essas instituições ainda desempenham um papel crucial no apoio a jovens que buscam se libertar do cárcere da dependência química, e a espiritualidade tem se mostrado um componente fundamental em muitos processos de recuperação bem-sucedidos. Desconectar esses indivíduos de sua fé e esperança pode comprometer seriamente suas chances de reintegração social.

Não podemos, ainda, negligenciar a nocividade da droga álcool. A forma como é comercializada hoje, de maneira indiscriminada até mesmo em supermercados, através das chamadas “barrigudinhas” industrializadas, levanta um debate preocupante. Alguns especialistas já a definem como uma espécie de “crack” do álcool, dada a sua acessibilidade e potencial de causar dependência e danos à saúde. Nesse sentido, torna-se pertinente analisar comparativamente os estragos causados pelo álcool em nosso país com aqueles observados em nações onde essa droga possui algum tipo de restrição ou proibição.

Diante desse cenário complexo e alarmante, a sociedade precisa se mobilizar. É imprescindível um esforço conjunto entre governos, famílias, escolas, instituições religiosas e a sociedade civil organizada para enfrentar de frente essa epidemia silenciosa. A prevenção, o tratamento humanizado e a conscientização são pilares essenciais para construirmos um futuro mais saudável e seguro para todos. A inércia não é uma opção; a ação, urgente e coordenada, é o único caminho para reverter essa tendência perigosa.
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Ronaldo José
Como jornalista, minha paixão pela informação e comunicação moldou minha trajetória profissional. Dedico-me ardentemente a levar notícias de forma ágil e precisa, sem comprometer a imparcialidade.
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