A falta de empatia com os dependentes químicos em Barra do Piraí é uma realidade que vem sendo cada vez mais evidenciada. Os usuários de drogas, sejam elas ilícitas ou licitas, são encontrados em diversos pontos da cidade, como praças, esquinas, bairros e distritos. No entanto, o que se nota é uma total falta de compaixão com relação aos dependentes alcoólicos e químicos.
Apesar de estudos comprovarem que a dependência de drogas possui aspectos biológicos, psicológicos e sociais, a sociedade ainda trata o assunto como uma falha moral, presente apenas na vida de pessoas com caráter questionável. É como se o usuário de drogas não merecesse compreensão, afeto ou mesmo solidariedade.
Recentemente, uma família procurou um senhor que trabalha com dependentes químicos em situação de rua na tentativa de oferecer ajuda para o filho viciado em drogas. No entanto, ao chegar na casa da família, o senhor se deparou com uma situação alarmante: o jovem estava acorrentado em um quarto, como se fosse um presidiário. A mãe do jovem, desesperada, explicou que seu filho havia pedido para ser acorrentado, cansado de usar drogas, e que procurou ajuda para ele. A situação revela a extrema pobreza da família, que os levou a tomar uma atitude desesperada diante do problema.
Apesar de ser um relato breve, é necessário um olhar profundo sobre a realidade dos dependentes químicos em Barra do Piraí. Infelizmente, a maioria das pessoas tende a acreditar que a solução para o problema é o encarceramento, a violência ou a internação forçada. Esse modo simplista de pensar revela a falta de empatia e a tendência em julgar moralmente o outro, desconsiderando as questões sociais, psicológicas e biológicas que levam a um problema tão complexo como a dependência química.
Até mesmo aqueles que fazem uso recreativo de drogas, como café e cocaína, compartilham da visão de que o dependente químico é alguém fraco e de má índole, quando, na verdade, todos estamos sujeitos a vícios e comportamentos que podem nos prejudicar. É necessário que a sociedade se una em prol de um tratamento adequado para os usuários de drogas, longe das medidas truculentas e da falta de empatia.
As casas de recuperação que oferecem tratamento gratuito através de pessoas voluntárias estão com as vagas superlotadas, o que revela a falta de ajuda do poder público para combater o problema das drogas. Essas casas oferecem programas de tratamento diferenciado, que busca a reinserção do paciente a uma vida longe das drogas e álcool. Terapia Cognitiva Comportamental, Psicoterapia individual e em grupo, Programa de Prevenção à recaída, Entrevista Motivacional, Espiritualidade, Laborterapia, Atividades Físicas, Reuniões, Conscientização da doença, Inventário pessoal e Visita Familiar são algumas das atividades realizadas.
O caminho da mudança está mais próximo das práticas de cuidado, atenção e amor do que de medidas truculentas e uma total falta de empatia. É urgente que a sociedade se conscientize de que a dependência de drogas é uma doença crônica que exige tratamento imediato e que todos podem estar sujeitos a ela.
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Ronaldo José
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