
A chamada política do pão e circo é uma estratégia tão antiga quanto eficaz. Criada na Roma Antiga para conter revoltas e acalmar a população com entretenimento e alimentos, essa tática ainda é amplamente usada nos dias atuais — não mais em arenas com gladiadores, mas em palcos políticos com discursos e promessas que mascaram realidades duras e problemas graves.

Enquanto se promove festas, shows e eventos, o povo é conduzido pela alegria momentânea. E muitos, diante da escassez, aceitam isso como solução. A cultura do imediatismo e da distração coletiva substitui, temporariamente, a consciência crítica. No entanto, essa cortina de fumaça esconde algo muito maior: o caos.
Faltam políticas públicas estruturantes, o desemprego cresce, a saúde agoniza, a educação é negligenciada e a desigualdade se amplia. Mas, em meio a uma praça cheia e aplausos, tudo parece bem.
Vivenciar a política do pão e circo é, em essência, conviver com o sofrimento adiado — não resolvido. É como pintar as paredes de uma casa em ruínas: bela por fora, desabando por dentro.
É preciso despertar. Um povo distraído é um povo dominado. Só a consciência política e o engajamento coletivo podem romper esse ciclo e exigir, no lugar do espetáculo, ações concretas que enfrentem os verdadeiros problemas da sociedade.
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Ronaldo José
Como jornalista, minha paixão pela informação e comunicação moldou minha trajetória profissional. Dedico-me ardentemente a levar notícias de forma ágil e precisa, sem comprometer a imparcialidade.
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