O discurso do ministro do STF, Flávio Dino, durante a posse do novo diretor-geral da Polícia Federal, trouxe uma reflexão profunda sobre responsabilidade, fé e ética na vida pública. Ao citar o livro do Gênesis, Dino relembrou que desde a criação do homem a ideia de justiça está presente, mostrando que Deus aplicou a lei de forma proporcional a Adão, Eva e à serpente.
A fala ganha relevância em um momento de forte debate nacional sobre ética, corrupção e uso político de valores religiosos. O ministro destacou que não basta proclamar “Deus, Pátria e Família” apenas da boca para fora, se na prática muitos agem como verdadeiros “sepulcros caiados”, expressão usada por Jesus para condenar a hipocrisia.
O ponto central do discurso é a defesa de uma justiça que não transige com princípios, não concede anistia a atos hediondos e aplica a lei com firmeza e proporcionalidade. Trata-se de um chamado para que líderes e cidadãos sejam autenticamente cristãos e patriotas, comprometidos não apenas com palavras, mas com atitudes que garantam a autoridade da lei e o fortalecimento da democracia.
O tom firme de Flávio Dino ecoa como um recado à sociedade: valores religiosos e patrióticos só têm sentido quando acompanhados de práticas éticas e responsáveis. A coerência entre discurso e ação é o verdadeiro caminho para construir um Brasil mais justo.