São Paulo, 12 de agosto de 2025 – O Ministério Público de São Paulo (MPSP) deflagrou nesta terça-feira (12) a Operação Ícaro, resultando na prisão temporária de três indivíduos de destaque no cenário de varejo e na administração fiscal do estado. A ação, conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão aos Delitos Econômicos (GEDEC), investiga um complexo esquema de corrupção e fraude fiscal.
As prisões, que ocorreram nas primeiras horas da manhã, visam desmantelar um suposto esquema que, segundo o MPSP, envolvia a sonegação de impostos e outros crimes contra a ordem tributária. Detalhes sobre as identidades dos detidos e as empresas envolvidas não foram divulgados oficialmente, mas a operação atingiu figuras importantes do setor varejista e servidores públicos que seriam responsáveis pela fiscalização estadual.
A Operação Ícaro, nome que remete à figura mitológica que voou perto demais do sol, sugere que os investigados teriam ousado em suas ações, “voando” perigosamente em direção à ilegalidade. A investigação aponta para uma rede de influência em que os empresários, supostamente, utilizavam sua posição para obter benefícios fiscais ilícitos com a conivência de agentes públicos. O MPSP afirmou que a medida visa garantir a coleta de provas e evitar a obstrução da justiça.
Foram detidos:
O empresário Sidney Oliveira, fundador e proprietário da rede de farmácias Ultrafarma, preso em sua chácara em Santa Isabel
Mario Otávio Gomes, diretor estatutário da rede de eletrodomésticos Fast Shop, detido em seu apartamento em São Paulo
Artur Gomes da Silva Neto, auditor fiscal da Secretaria da Fazenda de São Paulo — supervisor da Diretoria de Fiscalização — apontado como o principal articulador do esquema, também preso
Os envolvidos foram levados para prestar depoimento e permanecem detidos temporariamente. As autoridades continuam as investigações para identificar outros possíveis participantes do esquema e quantificar o prejuízo total aos cofres públicos.