A compra de votos perpetua a corrupção. Diga NÃO a essa prática!
Numa pequena cidade fictícia — mas nem tanto — a eleição recente revelou uma ferida aberta que há muito sangra em silêncio: a compra de votos. Nunca se viu tanto dinheiro circulando nos becos, nas praças e nos bastidores como se viu neste pleito. O que era para ser uma escolha democrática se transformou em um balcão de negócios, onde a consciência foi vendida a preço de miséria.
Quem vende o voto, vende o futuro. E quem compra, planta a corrupção. É por isso que essa cidadezinha, que poderia ser qualquer uma do nosso estado, está como está: atolada no descaso, afogada na falta de esperança. Não há milagre que sustente uma sociedade que entrega o poder aos piores em troca de migalhas.
Todos sabiam. Saberiam que o desfecho seria a queda. A destruição de sonhos, a perpetuação da desigualdade e o silêncio cúmplice dos que se contentam com pouco — e depois reclamam de tudo. Aos Munícipes — esse povo fictício que bem representa muitos de nós — parabéns. Parabéns aos envolvidos nessa farsa que não é nova, mas que, a cada eleição, parece se renovar em criatividade e em valores invertidos.
Este desagravo não é contra pessoas, mas contra práticas. É um grito contra a naturalização da vergonha. Que fique o registro: quando a dignidade se perde no primeiro envelope de dinheiro, o preço cobrado depois é impagável.
Se há semelhança com alguma cidade real, que sirva de alerta — pois qualquer coincidência, infelizmente, talvez não seja mera.