Transição imediata suspende cobrança, mas deixa rodovia sem serviços de emergência. DNIT assume controle em meio a críticas e incertezas.
Rio de Janeiro — A BR-393, conhecida como Rodovia do Aço, passou por uma mudança radical. O Governo Federal rescindiu, de forma imediata, o contrato de concessão com a empresa K-Infra e transferiu a administração dos 182,5 km para o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). A decisão, oficializada pelo Decreto nº 12.479 e em vigor desde 10 de junho, suspende a cobrança de pedágio, mas deixou os usuários sem suporte essencial, como ambulâncias, guinchos e postos de atendimento.
A medida foi motivada por descumprimentos contratuais graves, incluindo falhas na manutenção e atrasos em obras. O ministro dos Transportes, Renan Filho, reforçou que “concessionária que não cumpre contrato não fica em rodovia federal”, e garantiu que o Executivo atuará com rigor na fiscalização de serviços públicos. A ANTT, por sua vez, assegurou que avalia todas as estruturas críticas da rodovia, como pontes e viadutos.
Apesar do alívio no bolso com o fim da cobrança de pedágio, motoristas agora enfrentam a insegurança provocada pela ausência de serviços básicos. A K-Infra, em nota, criticou a transição abrupta e alegou que a rodovia era considerada de boa qualidade segundo a CNT em 2024. A empresa promete contestar judicialmente a medida.
Sem previsão de novo leilão para concessão, o DNIT cuidará da BR-393 temporariamente. Enquanto isso, a ANTT recomenda cautela redobrada, sobretudo nos trechos de pedágio desativados.
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