Com envio até 30 de maio, apenas 20 milhões de contribuintes cumpriram a obrigação; especialista do Sicredi orienta sobre organização, modelos de declaração e como garantir restituição
Por [Nome do Jornal], 27 de maio de 2025
Enquanto o primeiro semestre do ano avança, milhões de brasileiros ainda enfrentam um desafio que se repete anualmente: a Declaração do Imposto de Renda (IR). Com prazo final marcado para 30 de maio, a Receita Federal espera receber 46,2 milhões de declarações, mas até agora apenas 20 milhões foram entregues. Para evitar atrasos, multas ou a temida malha fina, Bruno Darrigo de Aquino, assessor de Crédito e Investimentos do Sicredi, compartilha dicas essenciais para enviar o documento com segurança e dentro do prazo.
Organização é a chave
O primeiro passo, segundo Aquino, é reunir todos os documentos necessários. Isso inclui informes de rendimento, comprovantes de despesas médicas e educacionais, recibos de aluguel (se pagador ou locador), além de notas fiscais de compra e venda de bens. “Separe uma pasta física ou digital com tudo organizado. Isso agiliza o preenchimento e reduz riscos de esquecimento ou erros”, explica.
Planejamento além do IR
A declaração não serve apenas para cumprir uma obrigação fiscal. “É uma oportunidade de avaliar sua saúde financeira e planejar o futuro”, destaca o especialista. Ele sugere analisar investimentos, como previdência privada (VGBL e PGBL), que oferecem benefícios tributários. “Reflita sobre como seus gastos e rendimentos se alinham a metas de curto e longo prazo”.
Simplificado ou completo? Entenda as diferenças
Um dos erros mais comuns é escolher o modelo errado de declaração:
- Simplificado: Oferece desconto padrão de 20% sobre a renda bruta (limite de R$ 16.754,34 em 2025). Ideal para quem tem poucas despesas dedutíveis.
- Completo: Permite deduções detalhadas em saúde, educação e dependentes. Recomendado para quem acumulou gastos elevados nessas áreas.
“A escolha errada pode significar pagar mais imposto ou perder direitos”, alerta Aquino.
Erros que levam à malha fina
Omissão de rendimentos, dados incorretos de dependentes e valores declarados fora da realidade são as falhas mais frequentes. “Mesmo pequenos equívocos podem gerar autuações. Verifique cada campo e confira os informes da Receita”, reforça o assessor.
Restituição: Como garantir e antecipar
Quem tem direito a restituição deve ficar atento à conta bancária cadastrada. “Se optar por antecipar o valor, compare taxas de instituições financeiras. Algumas oferecem crédito com condições vantajosas”, diz Aquino. Em 2024, 28 milhões receberam restituição, e a expectativa para 2025 é similar.
Passo a passo para declarar
A declaração pode ser feita de três formas:
- Programa IRPF 2025: Baixado no computador.
- Aplicativo ou portal da Receita: Acesso via GOV.BR.
- Declaração pré-preenchida: Dados automáticos, com ajustes manuais.
O Sicredi oferece apoio aos associados, como informe de rendimentos detalhado (disponível no Internet Banking e app) e consultoria com gestores financeiros. “Estamos à disposição para esclarecer dúvidas e ajudar a evitar transtornos”, finaliza Aquino.
Prazo é inflexível
A Receita Federal não costuma prorrogar o prazo, e contribuintes atrasados pagam multa mínima de R$ 165,74 (1% do imposto devido). Quem não deve imposto e não precisa declarar está isento, mas deve confirmar sua situação no site oficial.
Dica final: “Não deixe para a última hora. Sistemas podem ficar instáveis perto do prazo, e imprevistos acontecem”, conclui o especialista.
Com informações da Receita Federal e Sicredi.
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