Em um mundo em que tantos escolhem erguer muros diante do problema das drogas, precisamos urgentemente construir pontes.
Muros apenas afastam. Tornam invisíveis aqueles que sofrem. Isolam famílias, destroem futuros, fortalecem o medo.
Mas pontes… Pontes aproximam. Pontes são caminhos de diálogo, de acolhimento e de esperança.
A dependência química não é apenas uma escolha equivocada — é muitas vezes um grito silencioso de dor, uma busca desesperada por sentido, por pertencimento.
Responder a esse drama humano apenas com repressão é enxugar gelo. A verdadeira solução nasce da escuta, do cuidado, da construção de redes de apoio, de políticas públicas que tratem o usuário como ser humano e não como inimigo.
- É preciso integrar: saúde, educação, trabalho, cultura.
- É preciso estender a mão antes de apontar o dedo.
- É preciso enxergar a pessoa além da droga.
- É preciso investir em prevenção, em recuperação, em oportunidades de vida.
Construir pontes é criar centros de acolhimento dignos, formar agentes de saúde comprometidos, oferecer alternativas reais.
Construir pontes é incluir famílias na luta, envolver a comunidade, transformar dor em superação.
Enquanto houver muros, haverá exclusão, medo e violência.
Quando houver pontes, haverá reconciliação, cura e recomeço.
Que sejamos construtores de pontes.
Porque todo ser humano, não importa onde esteja, merece a chance de atravessar para o lado da vida.