Barra do Piraí registrou uma queda preocupante no ranking da atenção primária à saúde, divulgado pelo Ministério da Saúde. O município, que já ocupou o 8º lugar no estado no mesmo período de 2024, agora figura na 18ª posição. Essa piora de 10 posições reflete, em parte, a falta de profissionais de saúde na atenção primária durante dois meses, impactando diretamente o atendimento à população.
Os resultados mais alarmantes foram observados entre pacientes diabéticos e hipertensos, com uma redução de 50% no atendimento. Essa desassistência levanta sérias questões sobre a continuidade dos cuidados e a saúde da população local. Enquanto isso, a equipe da atenção primária, que antes se destacava pela busca de valorização e pela demonstração da importância do serviço, enfrenta um cenário de falta de comando, com a FAA atuando principalmente no setor de RH.
Em contrapartida, o município de Volta Redonda, mesmo com um desempenho inferior no ranking (42º lugar), demonstrou preocupação com a situação, divulgando amplamente os resultados e buscando soluções. Já Barra Mansa se destacou positivamente, alcançando o terceiro lugar no ranking. A nível estadual, o Rio de Janeiro alcançou o primeiro lugar no ranking de Atenção Primária à Saúde (APS) entre todas as capitais do Brasil, conforme os indicadores do programa Previne Brasil do Ministério da Saúde, referente ao primeiro quadrimestre de 2025. A cidade obteve uma nota final de 8,58 no Indicador Sintético Final (ISF), superando metrópoles como São Paulo, Brasília e Fortaleza.
Apesar da queda no ranking, a administração de Barra do Piraí não se manifestou sobre os resultados, demonstrando uma postura de desvalorização da atenção primária, que é responsável por 80% da saúde da população, priorizando investimentos no setor hospitalar. A situação levanta questionamentos sobre a alocação de recursos e o impacto na saúde dos cidadãos.